Duas vezes observado, uma como árbitro outra como árbitro assistente, resultados ainda à espera. Vários jogos recheados de emoções, golos, cartões, casos, insultos, elogios (!) e muito boa disposição.
Lembrei-me de dois acontecimentos dignos de registo, num jogo de infantis de um grande clube da capital conhecido pelas suas escolas de formação, estava o treinador de pé a dar as suas indicações, a certo tempo chamou um jogador para perto de si e lhe dirigiu algumas instruções, até aqui tudo bem se não fosse o facto deste senhor estar o tempo todo de óculos escuros, além de jogadores deviam-se formar pessoas...
Num jogo do distrital uma mãe foi ver o filho, que coisa mais linda, ao seu jogo da semana. Nisto durante uma interrupção alguém chutou uma bola para a bancada acertando na cabeça da dita senhora, resultado além de ficar a ver estrelas armou-se ali logo uma grande confusão, o filho preocupado chega-se à bancada, uma outra mãe insulta aquela, o filho insulta essa mãe, o filho desta vem a correr e pega-se com este. Complicado? Não dois cartões vermelhos e algum tempo e ficou o assunto arrumado.Quando já se encaminhava para o balneário o primeiro jogador ainda nervoso murmurava qualquer coisa e eu resolvi dizer-lhe: “Tem calma!”, resposta: “Se chamassem Puta à sua mãe não ficava fora de si?”. Ele não se deve lembrar o que os pais, homens, mulheres, novos, menos novos chamam aos árbitros todos os fim-de-semana.